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28 de fev. de 2015

Nossa paisagem, nossa ponte do amor



Cada trecho de ponte 
foi testemunha de nosso amor,
carregado de emoções fortes, 
te cobria com minhas mãos,
cada folha que caia sugeria 
que cobrisse tuas intimidades.
Que não revelasse ao mundo 
nossos tesouros, nossas fontes de prazer.

Quando passo por aqui, 
relembro e posso imaginar estes momentos,
tão sagrados, tão envolventes e ardentes 
que nos marcaram.

Tu vinhas alegre e saltitante, 
num passo rápido ao meu encontro.
Nossas horas, paravam por momentos, 
nossas tardes eternizavam-se.
Cada gota de orvalho, 
quando a noite chegava, 
anunciava nossas partidas.

Sempre que posso aqui retorno, 
na esperança de te ver,
encontrar aquele sonho que passou, 
que nunca quer me deixar esquecer.

Ainda posso ver, 
teu corpo no caminho, deitada ao desalinho,
entre folhas e galhos das rosas que já secaram.
Só restam a velha paisagem, 
a antiga ponte de madeira que leva até tua casa.

Nunca me convidaste,
 nunca insisti, preferia que fosse ali nosso doce coito.
Nosso induzido relacionamento 
que bastante tempo durou.

Sempre vou levar na mente esta imagem, 
tão bela e sedutora de ti,
a amante perfeita, 
que sempre achava um jeito 
de me encontrar na velha ponte.

Gerson Araujo Almeida


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