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10 de mar. de 2015

Minha branca índia



Selva quase intransponível, estava a procura de um rio.
Sempre que nos perdemos é a melhor referência, 
de água um fio.

Quase ao fim de uma dia, 
me sentindo perdido, fui resgatado...
Pela criatura nativa, 
dona dos caminhos e picadas na mata,
minha salvadora, branca índia.

Me deu o que comer, me ensinou a sobreviver,
cada dia ao seu lado, parecia num paraíso estar.
Como  de ti não me lembrar, sedutora e bela selvagem.
Pudesse ter você aqui, te levaria em carruagens,
percorreria cidades, 
te mostraria meu mundo, minha sociedade.

Nada mais belo que teu corpo perfeito, 
tua boca sensual, tua pele queimada de Sol, 
da qual pude sentir o sabor de frutas nativas.

Minha adorada índia, que saudades deixaste.
Meus sonhos povoados de desejos, 
por ti provocados.
Nossos encontros nos fins de tarde, 
a beira do rio, no descente limiar da tarde, 
ao encontro da Lua, que a tudo sempre assistia.
Percebia a intensidade de nossos abraços e afoitos coitos...

Será que um dia, voltando para aquelas paragens, 
entrando em tuas matas selvagens,
vou te encontrar como antes.

Quero te ver, te sentir e namorar, 
te amar como nunca, saber que ainda se lembra, 
deste amante que perdido, salvaste.

Selvagem criatura que falta me faz teus encantos, 
teus medos infantis, tua leveza e carinho, teus melodiosos cantos...

Gerson Araujo Almeida

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