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17 de mar. de 2014

Preciso dar um tempo


- Preciso dar um tempo...
O que pode significar tal coisa
Se o tempo é constante em nossas vidas
Como nos dar um tempo, se o mesmo não para
Apenas muda de lugar e horário que nunca cala

Precisar dar um tempo...
Será que se arrependeu do tempo que passou ao meu lado
Não foram nossas promessas suficientemente claras
Há tamanha impossibilidade em viver nosso tempo agora?
Tudo bem, vamos nos dar um tempo

Espero que o tempo seja breve e de fácil entendimento
Que traga as respostas que procuras a tempos
Meu tempo sempre foi a seu dispor, tempo de espera
Tempo de reclusão, de ausência..., carência.

Vou-me dar este tempo então
Não vou ligar, não vou pedir nem implorar
Nada me forçará a interromper o teu tempo
Temos tempos diferentes, tempos distintos
Vou te dar todo o tempo do mundo

Espero estar aqui quando este tempo acabar
Não o meu, o seu é claro, pois foi você quem pediu
Foram maravilhosos os tempos que trocamos entre nós
Ficam a memórias, as imagens, os sentidos, o amor que não acaba
Nem mesmo fora do tempo, agora.

Gerson Araujo Almeida

4 de mar. de 2014

Não me peça isso...


Não me peça para sair de tua cabeça
Que me vista com decoro, se vou ficar aí dentro
De tua faminta mente

Não me peça isso, vou ficar, ou melhor, ficaremos
O mais indecorosamente possível, não me olhes assim
Olhe apenas o amor que sinto por ti

Alimentarei teus desejos, saciarei tuas vontades
Te deitarei sobre mim, acariciarei teu colo
Teus lábios com suculentos beijos meus
Deitarei ao teu lado até que a noite se vá
Que o Sol nos importune pela manhã, cheio de ciúmes

Antes de ir-me embora
Mais uma vez selaremos nossos corpos ainda suados
Exalando perfumes inebriantes de paixão
Molharemos nossas mãos e deslizaremos nossos contornos
Nossos vales profundos..., exploraremos mais uma vez

Não peça para me cobrir
Sairei assim como vim
Nu de tudo, de moral ou censura
Pois aos amantes, confinados sobre a cama
Tudo é permitido e ousado, basta sentir e desejar

Lá fora sim, precisarei de panos que me cubram
Pois ao olhar alheio e inculto
Chocarei os ignorantes que não sabem o que é amar
Amor de verdade, sentido, que as vezes machuca
Que por vezes demora a vir...

Tenho, meu amor, que ir
Mas, antes me cubra de beijos

Cada beijo teu tem sabor sabor de morango
Levo para casa este aroma de fruta madura
Encho meu peito com toda tua ternura
Um dia poderei ficar e não mais seguir meu caminho vazio
Sentaremos ao sol da manhã na varanda de nossa casa
Além do horizonte, da colina, da mata fechada

Gerson Araujo Almeida