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8 de set. de 2014

À espera da mensagem que nunca vem.



Quanto mais olho a folha de papel
mais me lembro de tua clara pele.
Éramos tão felizes, sem muitos matizes,
sempre se desnudava para agradar quem te olhava.

Era teu admirador constante, apaixonadamente preso a ti.
pena que hoje tudo se acabou, ainda tenho tuas antigas fotos.
Guardadas entre documentos, bilhetes, rascunhos e cartas.
 Poemas que não quero postar, são nossos, são secretos.

Nunca pensei que um dia iria desabafar assim,
mostrar um lado tão frágil de mim.
Não em envergonho de nada que fiz, 
por este amor que se foi.
Acho que melhor seria que nunca tivesse existido,
pois agora desta amargura não sofreria, este silêncio teu.

Será que ainda se lembra, 
será que guardou algum poema.
Eram todos dedicados a ti.

 Perdoem-me, 
mas ela marcou demais, 
me feriu ainda mais.
O coração do poeta, que a elegeu sua musa, 
sua mais doce criatura, hoje chora.
Mas, o amor acaba, 
morre e renasce, espero até quando for preciso.
Uma dedicatória, um bilhete enviado com jeito, 
mesmo que seja por mãos alheias.

Aqui, onde me encontro, 
no escuro de meu quarto, 
na penumbra fria desolado,
mas, esperançoso e calado.

Nada demais para quem amou desesperado, 
sempre a espera de um beijo, de um desejo teu.
Quando me lembro de ti, 
quase todos os dias, relaxo e me refaço, 
sempre a espera de um beijo seu.

Gerson Araujo Almeida


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