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23 de abr. de 2013

Porque nosso amor nunca morrerá


Chamo você em meus noturnos sonhos
Levo meu espírito, me transporto na distância
Encho a noite com o perfume das vermelhas rosas
Tão especial rosa, aquela que na tua jarra ficou
Símbolo que você criou do nosso amor
Antes mesmo que eu pudesse imaginar existir, se instalou

Pergunto todos os dias ao meu coração:
Onde antes me encontrava? Responde o velho companheiro:
Recluso e solitário amigo amante, e mais,
Que só você será capaz de curar esta dor
Uma mulher que sabe me cativar e me amar com fervor
Empresta seu carinho e devoção e me leva pela mão

Nunca pude esperar de ti mais do que mereço
Olho lá fora e um céu coberto de estrelas vejo
Salientes e brilhantes luzes que me mostram o caminho
Sei que tenho que seguir por esta estrada um dia
Ouvirei ao fim teu chamado me mostrando que é aqui meu amor

Aí, saberei te retribuir tudo que me presenteou
Muito mais do que possa imaginar, vou dar
Ouvirei as palavras doces de tua doce e vermelha boca
Retribuirei delicadamente os beijos que prometi

Nada vai me afastar desta minha cina
Uma caminhada que a muito realizo
Nunca pensei em desistir de ti
Cantaremos a uma só voz nossa felicidade
Amarei você sem me permitir descanso

Mandarei que a Lua se faça presente
Ordenarei que a noite se demore a passar
Recordarei todos as frases, palavras, poemas a ti dedicados
Relembrarei nossas juras de amor e carinho, nossas promessas
Eternizarei este encontro, este ato de puro amor
Reinaremos eternos em nosso lar e paraíso
Antes que chegue o Sol e nos batize com sua luz

Gerson Araujo Almeida

14 de abr. de 2013

Cercada de muitos, sozinha de mim



Sei o que é isso, não me surpreende
Todas as tardes, bem no final do dia
Quando a luz lá fora diminui, quando o cansado Sol
Se recolhe no horizonte, por vezes nem a Lua ele espera
Nem sempre ela pode estar por perto, distante mas pensativa por certo
Me fixo no horizonte e me sinto tão só, tão vazio
Embora estejamos cercado de pessoas que nos querem bem
Mas, isso não me acalma, não alimenta meu coração
Ele reclama tua presença.

Me sinto assim também, sentado aqui próximo a janela
Olhando o campo lá fora, a estrada ladeira abaixo
Ladeada por eucaliptos, plantas rasteiras a margem
Areia que o tempo depositou, trazida pelo vento
Vento forte por vezes, mas nem tanto
Ele não me traz você

A mesa sempre estará posta
A toalha rendada sobre a redonda mesa
A jarra com a rosa vermelha, nosso símbolo
Símbolo que deste ao nosso amor
O chá de cravo, aromatiza o ar pesado da sala
Envolta na penumbra do fim do dia
A prataria polida refletirá tua imagem quando puder vir
Vou esperar, sou paciente, estou doente de amor
Tenho que esperar que me traga a cura
Teus beijos e braços num abraço apertado

Vou deixar a luz da varanda acesa
Quebrar a negritude da noite sem Lua
Como você, não pode me visitar hoje
Deve estar cercada de estrelas, longe daqui
Como você, cercada de muitos, mas sozinha por dentro

Amanhã, bem cedo regarei nossas rosas
Vou esperar uma mensagem sua
Vou abrir minha janela e esperar você

Cada vez mais te quero muito
Levo meu espírito ao espaço e vago
Entendo nossos limites e dificuldades
Una nessa noite tua alma a minha, pensa em teu amado
Saberá me achar em teus sonhos, me chama que irei
Ama teu poeta que só pede que nunca o esqueça

Gerson Araujo Almeida

8 de abr. de 2013

Como posso te amar tanto assim


Barulho da chuva lá fora
Escorrendo pelas velhas telhas da casa
Cai a pura água da natureza, que chora
Felizmente, você está aqui comigo, agora
Se senti vontade de chorar, isso já passou
Talvez por alegria, natural seria, mas que me importa
Quero te sentir, te amar e recolocar meus pensamentos em dia

Já se vão os dias de tristeza e solidão
Mais pareceram uma caminhada sem volta
Sem rumo certo, tropecei nas incertezas
Me lembrei do que disse, das carícias dele...

Maldito destino deste poeta
Compartilhar este corpo que pensava ser só meu
Não sinto o cheiro estranho agora em tua pele
Não quero pensar que ele te tocou, te amou...
Bem sei que não sou dono de ti
Tinha me avisado das intenções dele
Que uma hora teria que ceder aos caprichos
Que agora tem se mostrado mais amável...
Que fazer, tenho que aproveitar cada segundo
Cada momento fortuito

Chama meu nome bem baixinho
Lentamente me cubra de desejos
Eu não irei resistir e me entregarei
Umedece meus lábios com os teus
Salta sobre o meu teu corpo em galope
Avança sobre mim impetuosa

Cubra-me que te cobrirei por inteiro
Olho teu colo e o desejo
Mostra teus segredos
Olha e sente nas mãos minha pele que pulsa

Planta em mim tuas sementes
Orvalha e faz crescer o amor que plantaste
Salienta meu pelos, abre meus poros
Sela de vez esta união de corpos
Ontem te pedia, quero te amar

Tenha a certeza que não mais partirás
Eu te prenderei em meu humilde castelo

Amar você é meu destino certo
Muitos momentos de felicidade quero assim, confesso
Amar a mulher que me aceitou como sou
Rendeu-se aos apelos deste pobre cativo

Traga a felicidade para o meu lado
Antes que a noite, os dias, os anos, terminem
Nunca viveremos tal emoção, a não ser aqui
Temos apenas uma certeza, eu e você
Ouve alguém neste mundo mais feliz que você e eu 

Gerson Araujo Almeida

7 de abr. de 2013

Posso te dar um abraço?



Cheguei cedo na tua cidade, 
não consegui uma passagem 
que me fizesse sair mais tarde 
do ponto onde me encontrava. 

Esperei por muito tempo por este momento, 
estar perto de ti, 
na rua onde mora, 
em frente a tua casa. 

Tenho que ter cuidado, 
posso ser visto, identificado. 
Não quero causar problemas, 
criar um desentendimento, 
uma recusa vinda de ti. 

Tens teus medos, 
reconheço, mas sou afoito, 
este é meu defeito, 
quero já, quero agora, 
te dar um abraço apertado. 

Quero sentir a tua emoção, 
o teu coração pulsar junto ao meu. 
Falar o quanto desejei este dia.
Este abraço bem apertado me realizaria.

Vejo a porta da casa se abrir
Saem pessoas, as conheço por fotos
Fecham o portão agora
Me aproximo, cruzo a rua, até o muro
Toco a campainha..., a porta se abre devagar
Com a mão, você me faz um sinal
Passo pelo portão aberto, corro
Corro até você, realiza meu desejo
Me deixe te dar um abraço bem apertado
Meu amor...

Gerson Araujo Almeida

1 de abr. de 2013

O Sol, os sons, a brisa, são lindos, pena que não está aqui comigo.

Logo pela manhã, meu olhar se fixa na paisagem lá fora. Minha janela aberta ficou por toda noite, facilitando que a brisa noturna entrasse e sem cerimônia se instalasse. A rosa vermelha, símbolo do amor que combinamos, estava levemente orvalhada. Sobre a mesa rústica da sala e a jarra molhada.

Sempre que desperto, olho teu retrato na parede oposta que recebe a claridade do dia, que nasce lá longe no horizonte dourado, envolto por nuvens que a noite esqueceu de levar, o manto que nos cobre quando sentimos saudade. Saudade, como sinto a cerca de ti, mal posso lembrar dos momentos felizes que vivemos aqui, nesta humilde cabana, choupana afastada de tudo e todos, retirada e escondida, nosso refúgio acolhedor. Tua imagem me deixa feliz, pois sei que o que fiz não pode ser considerado uma coisa má, injusta, te amar com todas as forças de meu ser, te roubar de quem nunca te mostrou o que é o verdadeiro amor de um homem por uma mulher. Cheio de paixão e desejo, de volúpia por beijos pecaminosos e impublicáveis que despertariam desejos alheios de ciúme.

Quero aproveitar o meu dia cuidando da relva fresca, do jardim de nossa casa, ouvindo o canto dos pássaros, o zumbido dos insetos, olhar a teia tecida pela manhã pela  aranha esperta, coberta de presas, pobres mosquinhas que serão seu alimento. Ainda sinto o frio que senti a noite passada, sem você aqui para me aquecer. Esteve longe todo este tempo, não pode me dedicar a atenção que desejo, mas não faz mal. Sei que ainda vou poder terminar esta nossa pendência, sairemos e vitoriosos seremos um dia no qual nossos destinos se tocaram e a união deles será para sempre. Eternos amantes que desfrutaram seus amores plenamente.

Avança a manhã serena, o Sol domina lá no alto firmamento, expulsou o frio, provocou a abertura dos brotos das flores, agradecidas que são pelo seu carinho em forme de luz e vida. Alertou os pássaros que a recebem com estardalhaço, enchendo de sons o espaço em volta.

Vou ficar aqui, na varanda de casa, sentado na cadeira de balanço observando, não quero e não devo perder tal espetáculo. Lembre que nunca irei esquecer de você e nunca deixar de te amar.

Gerson Araujo Almeida
Imagem: www.sitiopinheiroscariri.com.br