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14 de abr. de 2013

Cercada de muitos, sozinha de mim



Sei o que é isso, não me surpreende
Todas as tardes, bem no final do dia
Quando a luz lá fora diminui, quando o cansado Sol
Se recolhe no horizonte, por vezes nem a Lua ele espera
Nem sempre ela pode estar por perto, distante mas pensativa por certo
Me fixo no horizonte e me sinto tão só, tão vazio
Embora estejamos cercado de pessoas que nos querem bem
Mas, isso não me acalma, não alimenta meu coração
Ele reclama tua presença.

Me sinto assim também, sentado aqui próximo a janela
Olhando o campo lá fora, a estrada ladeira abaixo
Ladeada por eucaliptos, plantas rasteiras a margem
Areia que o tempo depositou, trazida pelo vento
Vento forte por vezes, mas nem tanto
Ele não me traz você

A mesa sempre estará posta
A toalha rendada sobre a redonda mesa
A jarra com a rosa vermelha, nosso símbolo
Símbolo que deste ao nosso amor
O chá de cravo, aromatiza o ar pesado da sala
Envolta na penumbra do fim do dia
A prataria polida refletirá tua imagem quando puder vir
Vou esperar, sou paciente, estou doente de amor
Tenho que esperar que me traga a cura
Teus beijos e braços num abraço apertado

Vou deixar a luz da varanda acesa
Quebrar a negritude da noite sem Lua
Como você, não pode me visitar hoje
Deve estar cercada de estrelas, longe daqui
Como você, cercada de muitos, mas sozinha por dentro

Amanhã, bem cedo regarei nossas rosas
Vou esperar uma mensagem sua
Vou abrir minha janela e esperar você

Cada vez mais te quero muito
Levo meu espírito ao espaço e vago
Entendo nossos limites e dificuldades
Una nessa noite tua alma a minha, pensa em teu amado
Saberá me achar em teus sonhos, me chama que irei
Ama teu poeta que só pede que nunca o esqueça

Gerson Araujo Almeida

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