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25 de mar. de 2013

O sono insiste em me levar



O sono me chama, insiste em me levar daqui
Teimo com ele e respondo a altura:
- Não quero te seguir, me deixe em paz!
Não será capaz de mudar minha vontade,
saia já daqui, ela deve logo chegar,
uniremos forças vamos te expulsar!

Mas ele insiste novamente
Apaga meus candelabros de prata
Sobre a mesa da sala, em cima da toalha rendada
Sentado vou continuar, o chá ainda está quente
A chaleira esfumaça na penumbra
Cria formas bizarras que lentamente se vão

Acho que por cansaço
Me renderei aos seus insistentes apelos
Não é por mal, ele é o amigo das noites solitárias
Bondoso sono reparador, se preocupa apenas
Quer que meu descansar valha a pena

Lá fora a Lua está serena
Prateando toda a volta da casa
Cobrindo de luz as cercanias da mata
Ofusca meus olhos cansados pela hora avançada
E você não vem...

Não importa, vou me recolher enfim
Subjugado pelo sono dominador
Tal senhor da noite poderoso
Me levará ao sonho que espero ter
E nele te ver linda e bela
Sedutora e desejada, amada de meus dias

Minhas noites solitárias irão acabar um dia
O sono não mais poderá me impor sua vontade
A Lua, ficará com inveja de ti, minha rainha
Estará ao meu lado um dia, sentada a mesa da sala
Os candelabros a toalha rendada
O chá quente e aromático
Será meu presente de boas vindas
Fica meu amor, te direi, não quero e não preciso mais, dormir

Gerson Araujo Almeida

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