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31 de out. de 2012

Um aceno, uma buzina, nosso encontro termina



Do muito que nos conhecemos, sempre teremos a certeza de nossos sentimentos de amor e ternura. Cada gesto seu, mesmo que seja de censura, pela minha conduta que por vezes me deixa longe de ti, achando que não me preocupo mais, que não escrevo como antes, que minhas palavras não são mais as mesmas, sempre vou poder te convencer do contrário. Este amor que nasceu entre nós, que por longo tempo se firmou e raízes foram criadas. Venceu os outonos, as primaveras, resistiu aos verões ensolarados e quentes, como nossos corpos agora, deitados em nossa cama, na alcova dos amantes, neste ninho de amor e pecado. Qual pecado os amantes não cometem em nome de seus amores eternos. Que ato mais puro podemos ter se nos amamos como jovens irresponsáveis carregados da luxúria e emoção, do sexo livre e descompromissados.

A tarde já se deita como nós, cansada e exausta, livre de tensões, não querendo ir, mas logo a noite virá, vou ficar sem você aqui. Dorme minha amada, ainda é cedo para ir, não sentem a tua falta de onde vens, fica comigo mais um pouco, não quero perder o teu calor, a tua paixão, me deixa beijar teus lábios, lábios que percorreram meus caminhos, sedentos e famintos, buscando o sabor e o prazer que provocamos um no outro. Quero mais uma demonstração de teu carinho, me deixa em desalinho, amarrota mais os meus lençóis, me prostra e me cobre me beija e me absorve. Quero sentir cada vez mais tuas mãos em meu corpo, percorre minha geografia, são todos seus meus domínios.

Arranca meus gemidos sussurros quase surdos, que me levam ao delírio quando encontro as estradas que me levam ao teu interior. Coração que bate acelerado mostra a importância que tem e o desejo que ainda o faz sentir quando está ao lado do teu. Quero te guardar que prender, ser seu dono, já sou seu e nada mais me importa, quero te amar sem parar sem pressa, sempre ouvindo:
- Te amo!
Despertas.
-Te amo!
- Te amo mais! Não se vá ainda!
- É preciso meu amor, logo sentirão minha falta, tenho afazeres bem sabe.
- Como queria poder tirar-te de lá, trazer você para viver comigo aqui.
- Sabe que não podemos nos dar ao luxo, no momento é melhor assim.
- Está satisfeita! O que posso mais te dar, além de amor e mais amor.
- Já tenho tudo que preciso, quando estou ao teu lado.
- Sim, já está tarde, logo estarão preocupados, terá que criar mentiras para justificar tua ausência.
- Vá! Tome um banho gostoso, fique desperta, vou tirar o carro lá de trás da garagem, vai estar na ladeira aqui ao lado, rumo ao portão.

Ela se levanta e se dirige ao banheiro, posso olhar seu corpo ainda jovem, sem marcas pelo tempo, seu caminhar lento e lindo aos meus olhos. Antes de entrar no banheiro, se volta e me lança um doce beijo. Só escuto o cair da água que leva seu cansaço seus odores, seus fluídos. Mais uma tarde de amor que termina, finda com a chegada da noite que se anuncia os pássaros recolhendo-se aos seus ninhos, o meu ficará vazio infelizmente, que mal eu fiz para merecer isso.

Mas uma tarde que finda, nosso amor trinfou mais uma vez, poderemos sempre realizar nossas fantasias, nossas ternuras trocar nosso ápice final, sentir, nossa cama sempre se lembrará de ti, sua soberana. Volta quando puder, amanhã ou depois, ou no fim de semana, vou estar sempre aqui a tua espera, as flores na jarra da sala, sempre vão te receber com seu perfume, os pássaros anunciaram a tua chegada, sede sempre bem vinda meu amor. Teu perfume sempre vai pairar na atmosfera deste bangalô.
- Já me vou amor!
- Vai amada, me dá um doce beijo agora.
- Lembra sempre desta que te ama, que vence todas as batalhas e que nunca te esquece.
- Esquecer de ti é impossível, és inesquecível!

A porta se abre com um leve rugido, as dobradiças parecem reclamar tua saída, como que dissessem: - Não vá! Fico a te olhar na varanda, rodeado pelas rosas que plantaste da última vez que estiveste aqui. O ruído do motor do carro, quebra a sutileza do momento, te afasta de mim, rumo ao portão da propriedade, ladeada de árvores que se dobram ao vento como se estivessem a te cumprimentar, acenam respeitosamente, acionei o dispositivo de abertura, não estais mais aqui, logo vejo tua partida na longa curva da estrada. Um aceno uma buzina, aqui nosso encontro termina.

Gerson Araujo Almeida


26 de out. de 2012

Meu destino é te querer


É assim que se expressa o poeta
Fala quando escreve do que sente
Tenho vivido momentos de agonia
O futuro me é incerto agora
Não sei a que momento vou me deparar
Vou ter que parar e olhar os fatos

O destino nos prega peças
Faz-nos refletir profundamente
Pode levar o passado que não foi ruim
Nos deixa de mãos atadas
Olhando o desfecho que já sabemos, ocorrerá.

Nada de conjecturas apressadas
Eu sempre vou estar em pensamento
Outra forma posso estar se não agora?
Quero tirar as dúvidas se pensas assim
Eu nunca tive dúvidas do que quero
Amar e ser amado quanto a isso, incertezas não tenho.
Viveremos aquele amor prometido e eterno

Mesmo que as forças imperem
Instigue a curiosidade alheia e van
Nada poderá nos destruir
Hoje, amanhã ou no futuro
Amantes eternos há de sermos.

Assim como as águas correm para seu destino
Moldam seu caminho, contornam os obstáculos
Antes que nossas vidas se apaguem
Daremos o forte abraço que queremos
As carícias que tanto desejamos, teremos

Cuidaremos de nossos destinos
Levaremos nossas almas por novos caminhos
Estaremos em paz em nosso novo ninho
Uma vez mais nossas almas se cruzaram
Santificadas e abençoadas pelo amor que ambos sentimos
Amada de meus dias, meu destino é te querer.

Gerson Araujo Almeida


22 de out. de 2012

Estar sob a luz do Luar



Amanhece, me disponho a nadar no lago em frente à nova casa recém-alugada de madeira bem prensada, revestida pelo verniz naval que por estas bandas é comum, bela choupana.  O dia está ensolarado é início de primavera, dias quentes e floridos. Água fria, ainda não aquecida pelo Sol da manhã. Ouço ruídos vindos da extremidade ao mau lado direito a certa distância, outra casa próxima posso ver não tinha reparado ainda, cheguei à noite a só vi luzes acesas na varanda. É bom ter companhia, mostra que o local não é tão ermo como pensava.

Uma mulher mergulha nas águas e começa a nadar até uma ilha em frente, o lago é bem grande quase não se vê totalmente a outra margem, uma leve bruma ofusca a visão ao longe. Fui nadando até a mesma ilha era longe, mas ainda conseguia habilmente singrar a distância. Logo chego e avisto a mulher que já estava deitada na areia clara da pequena praia. Trocamos olhares apenas, reparei em sua beleza pura sem maquiagem, por certo era nativa da região, bronzeando-se pelo Sol da manhã. Dei umas voltas pela pequena ilha deserta quando voltei ao mesmo ponto de minha chegada, olho pegadas na areia e noto que ela já foi de volta a casa, que fica ao lado da minha do outro lado do lago. Que pena, poderia conhecê-la, trocar algumas ideias sobre o lugar, confesso que a solidão que me tem abatido ultimamente tem me deixado muito calado e solitário, uma companhia seria alvissareira, ainda mais de uma mulher linda e atraente.

Retornei a nado para casa, atravessei rápido o lago, por ser água doce, fica mais difícil a flutuabilidade mas, nada que não possa vencer facilmente. Cheguei à praia, um pouco cansado confesso, mas vou descansar ler um bom livro, escrever será a melhor terapia por certo. Logo farei uma leve refeição e uma boa relaxada na rede da varanda.

Não sei como foram possíveis, as horas se passaram tão rapidamente, nem percebi logo após o almoço deitei-me na rede e sucumbi ao sono profundo, muita paz e silêncio não pude mais ouvir as crianças ao lado, tudo calmo e sereno à tarde já avança no horizonte, o Sol.
Cansado pelo dia, já se prepara para seu sono solitário, por breve momento encontra com sua amante a Lua que desponta mais acima, ainda pode desejar uma boa noite a sua amada celeste, encontrá-la por momentos e sucumbir por trás dos morros ao longe, lhe é inevitável.

Ouço ruídos na água, parece que alguém está a nadar por perto, levanto-me da rede, me ponho de pé na varanda e vejo a mulher que estava na ilha, pela manhã, nadando bem perto, se refrescando na noite quente, ainda recebendo alguns raios do moribundo Sol. Lanço-me até a beira da água e me jogo num mergulho bem longo, a água não é muito clara mas, sinto a presença dela por perto, segurei sua perna, queria assustá-la. De um salto desvencilhou-se, fiquei preocupado, será que me perdoará pelo susto que provoquei. Emergi de pronto, me deparei com ela assustada mas, nada que pudesse provocar pânico.  
Desculpei-me:
- Me perdoa! Não tive a intenção de assustá-la.
Prontamente ela me responde:
- Nada demais! Confesso que pensei que fosse um grande peixe, ou algum galho de árvore submerso. Não faz mal, está desculpado.
- Muito quente a noite não acha?
- Sim! Não aguentava mais de calor, me lancei na água, pensei que estivesse só aqui, estou sem minhas roupas de banho, me sinto envergonhada, como vou sair agora da água.
- Não se acanhe, vou sair e pegar um roupão, logo voltarei, não vá embora.
- Sim! Vou esperar.

Mais que depressa, como um foguete me dirigi a casa e peguei um roupão de banho cobri-la, tirá-la da água, trazê-la para a varanda da casa, conhecê-la. É meu desejo. Entrei na água e a cobri por inteiro, melhor seria tirá-la logo da água, já estava escuro e a temperatura mais amena e convidei-a:
- Vamos até minha varanda, não se incomoda?
- Não! Vamos, me empresta uma toalha, depois te devolvo o roupão, como vou embora, nua?
- Claro! O que diriam as crianças, por falar nisso, são seus filhos?
- São os frutos de uma vida de amor, embora este amor já não esteja tão vivo assim.

Eu a olhava com desejo, sua beleza me irradiava paixão, queria possuí-la, tê-la ao meu lado para sempre. Acabaria com minha tristeza e solidão, poderia amar novamente, renovar as esperanças de um novo amanhã. Segue a noite e eu sugiro:
- Quer tomar um banho, antes de ir. Come alguma coisa, tenho frutas e cereais, pão e queijo.
- Não! Não precisa se incomodar, logo que chegar a casa tenho que alimentar as crianças e meu marido.
- Tudo bem, mas tome um banho e leva outro roupão meu depois me devolve, não deixe que veja, pode te trazer problemas.
- Tá! Vou tomar um bom banho e depois me vou, foi um prazer te conhecer.

Fiquei na sala, liguei a TV e fiquei ouvindo a água caindo no Box, logo percebi que ela havia entrado debaixo da ducha morna e forte. Não resisti e me dirigi ao banheiro, abri a porta devagar e a vi por trás da porta do Box, sua silhueta sedutora, seu corpo que me deixou cheio de vontade de abraçar e ter ao meu lado. Abri a porta do Box e ela estava de costas ensaboada e a espuma escondia suas curvas eróticas. Não aguentei e entrei. Ela a princípio se assustou, mas não disse uma palavra, se deixou levar por minha audácia em tocá-la delicadamente. Aproximou-se mais, já estava sem minhas roupas e ensaboado por ela, nos ensaboamos e ali nos amamos pela primeira vez.

Não sei quanto tempo durou, nem me preocupei pelo estrago que fizemos, dentro e fora do Box, molhamos tudo em volta, havia espuma por todos os lados, foi maravilhoso e pecaminoso se assim se enquadra o que fizemos ali. Só sei que foi divino e gostoso cheio de prazer e volúpia, nada mais me importava do que ter aquela mulher ali naquela hora, intensamente.

Terminamos nossa noite de amor em minha cama, coberta pela luz da Lua que já penetrava seus raios pela janela do quarto e cobria aquela mulher que me fascinava e pôde me tirar do marasmo que me encontrava. Seu nome, não importa, só lembro-me agora que foram muitas vezes. Não me canso de relembrar, quantas vezes estivemos a luz do Luar.

Gerson Araujo Almeida



19 de out. de 2012

Resistir é preciso



Procurei nas delicadas expressões
Juntar adequadas palavras
Construí de maneira elaborada o texto
Pensei dizer que te amo da maneira correta
Não sei se entendido serei
Mas espero expressivo ter sido

Sem ser metido ou arrogante
Lancei-me em meio às letras
Juntei e formei as mais delicadas palavras
Carregadas de paixão e emoção
Todas são em sua homenagem
Criatura soberba, linda e delicada.

Cântaro de água límpida e fresca 
Luz que me aquece, é meu matinal Sol
Eu sou escravo de tua luxúria, rendo-me 
Uma vez mais o manto noturno me cobre.
Salta de meus olhos a lágrima sentida
Ausência tua que me consome

Molha meus textos, borra as frases feitas
Embora as verta, não estou de todo infeliz
Um dia poderá enxugá-las e terminar esses dias.

Amo com vigor de outrora
Mudou meu conceito de paixão
Olho para a Lua e a mesma reafirma
- Resista poeta! Logo ela estará ao teu lado e te amará

Gerson Araujo Almeida

17 de out. de 2012

Nosso tempo de amor e desejo



Sinto de teus beijos, a falta.
Quero sentir nos meus, teus lábios.
Desejos, deles preciso.
Mereço do teu corpo, o calor.
Venha logo, meu amor.

Não me prive de teus carinhos
Nem das mensagens, que agora escassas são.
Lute contra o imponderável
Busque meios, teus anseios aplaque
Não foste a culpada, apenas o acaso
Recebeste injustamente, pena maior.

Não entendem que o amor
Não avisa quando chega
Absorve e se instala no amante coração
Reclamante, pelo tempo abandonado.
Que descobre uma avassaladora paixão

Chora se necessário for
Lentamente, sentirá minha presença
Eu sinto quando triste está
Uma gota de orvalho, agora senti
Sei que o vento mostra e compartilha
Aos gritos e zunindo faz-me ouvir você.

Nunca acredite que vou te esquecer,
Estaremos juntos um dia
Ouviremos de alcova, nossos sussurros
Querida de meus dias, minha amada eterna
Estará ao meu lado, este sonho realizaremos
Ama como nunca teu poeta, como alguém antes
Viva de amor e desejo o nosso tempo, te amo demais.

Gerson Araujo Almeida