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30 de mai. de 2012

Minha força é você


Vou buscar dentro de mim
A força que me falta
A coragem que preciso
O destemor para encarar o destino
Mesmo que você esteja longe e ausente
Para me fazer sentir o amor em nós

Ele, o amor, de tão grande persiste.
Encontra forças que não posso ter
Arrebata-me, me tira do escuro.
Mostra-me a espada, a arma que luto.
E venço as dificuldades da vida

Minha espada é o lápis
Minha coragem e a palavra
Minha falta de medo vem de você.
Mulher que roubei, conquistei e me apropriei.
Não vou te deixar, apesar.
Da distância, da ausência e silêncio.

Cobre teu corpo com o manto da noite
Lenta e mansa a brisa te aquece
Eu vou lá fora gritar bem alto
Um grito de apelo e dor
Salva da tristeza um sofredor
Ama você como nunca alguém te amou

Meu peito rasgou e sangra
Eu já não sei mais o que faço
Um dia após o outro não te encontro

Amando sempre quero estar
Metodicamente não paro de pensar
Onde está o meu amor, onde está você?
Responda por favor, aplaca esta dor.

Gerson Araujo Almeida

28 de mai. de 2012

Lágrimas que mancham

lagrimasportuacausa.blogspot.com/Divulgação.


Lembro-me de teu corpo
Saliente e luxuriante
Coberto pela pele protetora
Sedento de paixão
Transpirante e desejoso

Como queria por nele, minhas mãos.
Acariciar e teus desejos sentir
O calor que me aqueceria
Jogaria-me em tua cama
Dalí nunca mais sair, desejaria.

Passar as noites recordando
Só me resta agora
Será que uma determinada hora
Poderei deslumbrar tal panorama
Você deitada em tua cama
Sem véus, sem cobertas.
Sem lençóis que te cubram
Apenas nossas culpas
Poderemos ter e saber
Que amar assim é possível

Amor
Quanta saudade penetrou em mim
Faz-me ficar escondido
Na penumbra calada
Meu lápis tristonho
Não me obedece
Não quer escrever teu nome
Me salva do que estou sentindo

Choro, por que te amo demais
Lamento os dias perdidos
Enxugo as lágrimas que verto
Uma a uma caem no meu texto
Saltam e mancham as palavras
Amor, dedicação, paixão, ternura...

Gerson Araujo Almeida



26 de mai. de 2012

O Peregrino



Pela vida Raimundo vai
Foi ele que escolheu o seu destino
Sem amarras ou freio
Sem o menor respeito pelo material
Apenas seu espírito é rico

Liberto das imposições da vida
Escolheu viver em seus castelos
Seus jardins de grama ou flores
De árvores ou postes iluminados
Seu abrigo é o Sol ou a Lua

Suas vestes lhe cobrem o necessário
Lhe resguarda do frio e da chuva
Da imoral sociedade
Da perversa incompreenção
Que nos joga nas mãos do incensato poder
Da moeda de troca, do vil metal

Só precisa que o compreenda
Que leiam seus textos
Que encontrem neles, suas verdades
Sua leveza, seu espírito liberto
Para continuar sua passagem breve
Para em outra vida, realizar um outro destino
Que por certo terá

Gerson Araujo Almeida

 Morador de rua de São Paulo há mais de 30 anos, Raimundo Arruda Sobrinho, 73, reencontrou a família depois de um perfil criado para ele no Facebook.


Amor que me completa


www.google.com.br

Caminha comigo pelo campo
Leva contigo este amor que desejo tanto
Enxuga cada lágrima que possa cair
Una nossos corações agora, pode vir
Saiba o quanto me faz falta
Amor meu, quero contigo dividir.

Começa agora, sem pressa
Levanta teus braços, se entrega
Ensaia um apertado abraço
Uma vez mais me transporto
Sente meu corpo junto ao teu
Amor de minha vida és minha.

Conheça o desejo que plantei
Lança no ar teu perfume que elaborei
Eu aqui recluso sempre estarei
Um escravo deste amor puro
Saudando as horas que possível for te juro.
Amor que me fez acordar..., és inesquecível.

Cada instante ao teu lado
Leva este coração ao delírio apaixonado
Em total entrega ele chora, implora
Um sentimento que adoro ter, me sufoca
Saber que me ama sem reserva
Amor que me completa.

Cuidado meu amor
Levianos podem apagar de teus olhos a luz
Eu escuto teus lamentos e dores
Uma vez mais te declaro sem medo
Sempre vai encontrar em meu peito
Amor, ternura e paixão, batendo neste coração.

Gerson Araujo Almeida

19 de mai. de 2012

Quero tuas doses de amor

180graus.com/Divulgação.
Estou sentindo muito frio esta noite, acho que uma fogueira poderá me aquecer, vou procurar alguma lenha no quintal, lá pelos fundos do terreno sei de alguns galhos que cortei da mangueira lá do fundo, devem estar secos o suficiente para fazer uma fogueira bem alta e aquecedora. A noite não tem uma brisa muito forte, mas o frio está incomodando. Sozinho em casa já não tem mais nada que me tome o tempo, já li os livros que queria, pus em dia os jornais, as notícias mais importantes li. Os filmes que aluguei já não me são novidade, os assisti todos, sozinho.

Vou por um agasalho e vou lá fora, quero acender logo esta fogueira. Ao abrir a porta da sala, vejo a noite linda lá fora, a Lua deixa ver bem longe a estrada até o portão da entrada. Dou a volta na casa, chego aos galhos amontoados, pesam mais vou arrastá-los, farei a fogueira lá na frente da casa. Sentarei na escada da entrada e vou ficar até que o sono me tome e me acaricie. Queria que fossem suas mãos, me convidando para entrar, para me aquecer em teus braços bem apertados em volta de mim.

O calor da fogueira é bem gostoso, nada como seus lábios nos meus, o meu corpo reclama o seu, mas nada posso fazer quanto a isso. Sei que não virá esta noite. As chamas já altas estalam a madeira que se queima, as brasas rolam em meio à fogueira, as luzes das chamas, vermelhas e amareladas, brilham em volta, projetam minha sombra na fachada da casa, que criamos de nossos sonhos. Meu amor como sinto tua falta nesta noite fria, como desejaria receber notícias suas, meu celular vai ficar ligado por toda noite, mesmo carregando, posso receber alguma mensagem sua. Não se esqueça de seu amado poeta que muito te quer.

O fogo vai ficar ai, consumindo a lenha, aquecendo o ar em volta, estalando e iluminando tudo em volta. Acho que vou me deitar, amanhã poderei acordar mais tarde, aproveitar o calor da cama, cobertas grossas e quentes, me abraçarei ao travesseiro, vou fingir que é você, assim mata um pouco de minha saudade, alivia a dor do peito, a falta que sinto não tem cura, só você tem o remédio para ela, o antídoto para este mal. Doses de amor que tão bem sabe aplicar em mim.

Gerson Araujo Almeida

14 de mai. de 2012

Não se sinta fraca meu amor



Saí da cama ainda a pouco, a chuva constante lá fora, trás frio e umidade, não me deu vontade de levantar. Abaixo das cobertas quentes, a preguiça me dominava, me abraçava, reclamava minha presença. Eu pensava muito em você, como está minha amada, boas notícias sempre esperando, sei o mal que te aflige, mas não quero acreditar que algo ruim vai acontecer, tenho certeza disso, te fiz a mulher mais corajosa, mas intrépida, nunca o fostes antes assim. Não me decepciona amor, me traga boas notícias, imploro.

Levanto-me, ponho uma camiseta com mangas, ligo as luzes da sala, olho para o teu retrato sobre o aparador logo na entrada. Esta imagem linda da mulher pela qual me apaixonei perdidamente. A idade só te faz ficar melhor, mais determinada, mais ansiosa pela vitória, profissional e porque não monetária e pessoal há nisso algo de mal? Apenas uma realização de vida, não pode fraquejar agora, embora possa não acreditar que a vida te reserva muitas felicidades ainda, pode crer! Recebi a mensagens das estrelas, minhas companheiras das noites solitárias. Elas acreditam na tua cura.

Vou fazer algo para comer, preciso me alimentar melhor, as preocupações me tomaram de assalto, penso muito em você, cada dia cada instante, não acredito que o destino me pregue uma peça, me leve para longe de ti ou vice- versa. Acredito que é mais uma prova que tem que passar, deve estar escrito em algum lugar. O destino assim quis, mais uma maneira de te provar que a força está em nós, dentro de nós, na alma, no espírito, o corpo, nada mais é que uma matéria que se decompõe logo terá que deixar para trás, quando nossa viagem chegar ao fim, nesta terra.

Na dispensa tem biscoitos, pães amanteigados, margarina sem gordura trans, faz bem ao corpo, o chá de cravo que adora, bolinhos frescos de laranja, comprados pela manhã na padaria lá da praça, a chaleira cheia no fogo, logo poderei passar água quente sobre o chá no coador, vai levantar o odor dos cravos, encher a cozinha do doce aroma de teus lábios. Como te amo meu amor.

Às vezes pensamentos ruins vêm à mente. Quero ir antes amor, para te esperar do outro lado, nosso mundo paralelo, nossa dimensão já está a nossa espera, nossa casa arrumada, igual a nossa dos sonhos, criada aqui em meio às imperfeições de nossas vidas, de nosso aprendizado. Teremos uma eternidade pela frente, viveremos um para o outro, sem freio ou censura, apenas para nos trazer prazer, dois amantes, um casal enamorado em outra oportunidade. Mas parece que é um sonho acordado, não quero pensar mais nisso por hora.

Nunca me afastarei de ti, sabe bem disso, te amo como nunca amei. Cada gota de chuva, cada gota de orvalho, cada pétala de rosa que se abre, não é mais belo que você e eu. Amor que nasceu devagar sem saber que seria uma imensidão de sensações coligadas. Nossas mentes entrelaçadas dia e noite não se desligam uma da outra, sempre esperamos o melhor para nós, isso que ocorre só nos torna mais forte e capaz de vencer.

Meu amor como sinto tua falta, como queria mudar o mundo, parar o tempo, enfrentar o poder supremo se preciso for, mostra a ele que nós somos diferentes, somos maior que tudo que já existiu neste mundo ou em outro qualquer. Nem os infernos nem os céus que já foram criados foi maior que o amor que sentimos um pelo outro. Tenho certeza que vamos vencer no final, para viver este amor em total harmonia, pode crer meu amor, seremos capazes. Só precisa ter a força necessária.

Amo-te demais, nunca vou conseguir viver em paz, sem você aqui do meu lado. Minha querida...

Gerson Araujo Almeida





12 de mai. de 2012

Mãe...


Mãe...
O que posso dizer sobre ela
Era companheira e me amava
Ao jeito dela, sem muita demonstração.
Pelo menos é o que me lembro
Pois só me chamava à atenção

Sempre que armava uma travessura
Parece que ela adivinhava
E nos meus calcanhares sempre estava
Com seu olhar penetrante, reprovador.
Desconcertava-me totalmente

Mãe...
Quando você se foi, eu estava longe de ti
Não por que eu queria, foi à vida que provocou.
Esta vida malvada que às vezes nos separa
De quem amamos muito
Só sinto a saudade que deixou em meu peito

Sei que um dia vou te encontrar
Na hora certa vai estar lá para me buscar
Mostrar-me o caminho iluminado
E serei guiado por suas mãos
Eu vou sem reclamar, te juro.

Mãe...
Minhas lembranças nunca se apagaram
Sempre estará em meus pensamentos
Que pena que não pude desfrutar tanto de ti
Sempre preocupado com a vida
Com o trabalho árduo
O ganho de meu sustento

Sempre me aconselhando
Cuidado com falsos amigos
Nunca fugir das regras, trilhar caminhos retos.
Nada que pudesse me envergonhar

Mãe...
Segui o seu conselho
Meu filho é meu maior tesouro
Ele seguiu meus passos
Tornou-se o neto que desejava
Sei que está ai, olhando para baixo.
Ele é a minha cara

Mãe...
Fica em paz
Que saudade você me trás

Gerson Araujo Almeida

11 de mai. de 2012

Apenas não nos tocamos


blogboadaserra.com.br/Divulgação.

Quem me dera... Poder abrir os olhos
E me ver ao seu lado, seria maravilhoso.
Poder sentir o teu calor e perfume
Tocar na tua pele, te sentir de verdade.
Saber que não é nada impossível
Como sei que não é hoje e agora, te amar.

Quem me dera... Morar em tua cidade
Na casa de nossos sonhos
Poder te receber nas noites frias
Nas noites sonolentas e vazias
Pelas quais passo à tempos
Calado e silencioso à espera de uma mensagem

Quem me dera... Ter nascido em outra era.
Ter te conhecido em outro plano
Poderia ter forjado nossa aliança
Combinado contigo que agora seria a nossa união
Nossos corpos estariam unidos no presente
Teria casado contigo, te amaria loucamente.

Quem me dera... Poder mudar o tempo
Unir nossos universos encurtar distâncias.
Abandonar a realidade e viver este sonho acordado
Amar a mulher que quero que seja minha
Apesar dos perigos e obstáculos

Quem me dera... A vida já me deu você
Não posso reclamar de mais nada
Tenho que me conformar, de outro amar.
A mulher que me traz desejos adormecidos
Carinhos já esquecidos pelo tempo

Quem me dera... Ter minha realidade mudada
Ainda que rompesse com tudo
Magoar aqueles que não têm culpa
Pois a realidade é outra

Quem me dera ser sábio o bastante
Para entender que o amor é assim
Machuca e fere, docemente e amargamente.

Quem me dera...

Conto contigo meu amor
Leva meu coração sempre ao seu lado
Escuta este ser amado
Uma vez mais te imploro
Saiba me esperar, não se aflija
Amo você como o Sol ama a Lua, apenas não podemos nos tocar.

Gerson Araujo Almeida

1 de mai. de 2012

Como é doce e lindo te amar



Choveu por todo o dia, só agora pude ir lá fora ao quintal, à tarde já se vai mansa e fria, bastante úmida. Toda a grama em volta da casa está encharcada, molhei meus pés, os sujei na terra molhada. Uma brisa sopra bem devagar, vinda do alto do morro lá de trás, das árvores ainda posso sentir os pingos que caem das folhas, como se fossem choro de saudade, você não apareceu por estes dias. Posso sentir o vazio que resta em meu peito, uma dor suave mas, constante. Sei que não é perda, nunca vou te perder meu amor. Não fique angustiada, amanhã é quarta é o fim deste feriado prolongado, vamos a tarde poder entrar em contato. Meu celular sempre ligado, recebendo tuas mensagens, meu telefone mudo até agora, sei que não pode ligar, podem nos ouvir, podem prestar a atenção indesejada por nós. Não se sinta assim, a tristeza só nos faz mal. 

Todos já se recolheram, os pássaros aos ninhos protegidos da chuva, as galinhas no cercado atrás da casa, em seus poleiros altos, chocarão seus ovos que porão logo pela manhã, apanhá-los-ei ainda bem quente nos ninhos farei alguns cozidos, outros aquecido, uma gemada faria bem. Embora tenha bastante colesterol, o meu nível esta bem normal. Nada me impedirá de saboreá-los. As frutas do pomar, já estão maduras, as goiabas, as mangas o abacate estão no ponto, preciso apanhá-los logo, senão amadurecem no pé, os pássaros os comem, outros serão jogados ao chão e se desmancharam. Afinal, são tantos que mal alimentar outros seres que aqui habitam em harmonia. Vi uma colmeia bem dentro da mata ao fundo, perto de uma jaqueira bem alta, preciso ter cuidado, podem me ferrar se lá as importunar. Vou deixar para outra hora com calma recolher alguns favos, procurar alguém que entenda disso é mais seguro. 

Que saudade meu amor de ti. Como desejaria que estivesse comigo aqui, ao meu lado sorridente, tomar nosso chá de cravo que tanto adora comer os brioches que comprei lá fora, na padaria do lugarejo próximo, me garantiu o rapaz balconista, foram feitos hoje. Pela maciez deles, comprovei, estão no prato de porcelana decorado sobre a mesa da sala, junto ao bule de prata e o candelabro. O som ligado bem baixo, músicas lentas que tanto apreciamos românticas e que nos fazem levitar. Nossa cama arrumada, lençóis limpos e esticados, cobertor bem grosso por cima, para agasalhar nossos corpos nus. 

Como queria te ter aqui agora, te ver saltando do carro, vindo correndo em minha direção como sempre o faz me abraçando forte, me beijando muito, sentir teu aroma, tua necessidade de carinho, te alimentar com todo o meu amor que brota deste velho coração quando te vejo. Leve e faceira cheia de desejos. Minha amada, como você me faz falta. 

O frio aumentou, vou procurar me agasalhar mais, aqui fora a luz já se foi, apenas alguns raios de sol ainda teimam no horizonte, aqui do alto ainda posso ver, mas não sentir o calor. A Lua se for possível, me fará companhia, ela sempre chora quando me vê sozinho na janela olhando a porteira lá embaixo no fim da estradinha de pedras recheada de grama. Plantei umas folhagens bem coloridas ao longo dela, plantas nativas, não sei o nome, quando vir até aqui, tenta descobrir. 

Amor da minha vida aqui ficará teu amado até tarde, só e tristonho, se puder me liga me mande uma mensagem, na cadeira de balanço me instalo, o som baixo me faz pensar, como é doce e lindo te amar. Vou saborear os brioches e nosso chá. 

Gerson Araujo Almeida