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28 de abr. de 2012

Nenhum sinal dela


Nenhum ruído vem lá de fora, a noite soberana se espalha pelo quintal. As flores murcharam, fecharam suas pétalas para dormir o sono reparador, felizes são elas, não sentem a saudade como eu das mãos dela. De suas carícias pelo corpo macio, carregado de desejos, me mostrando sua silhueta ante a luz do fraco abajur do quarto, projetando sua sombra cheia de volúpia na parede a dança dos casais apaixonados. Mais parece um sonho, mas posso relembrar seus movimentos inquietantes, docemente realizados pela sutileza que sempre demonstrou quando está aqui, ao meu lado. 

Apaga meu fogo, abranda meu calor, sempre que peço atende-me, supre-me, me alimenta, me sustenta com amor, carinho, dedicação e luxúria. Mal posso me levantar pela manhã, exausto que fico. Sempre desejo que a noite seja eterna, que meus lençóis a prenda em minha alcova, não a deixa mais sair daqui. Mas, não posso pedir tal ato dela. Sabemos de nossas limitações, as implicações que haverão de vir. Ainda é cedo para tal decisão. Procuremos aproveitar a situação por hora. Nada me afastará desta mulher que me roubou o coração, a alma, o espírito de aventura. Só esta criatura mereceu deste ser apaixonado, tamanha demonstração de carinho e dedicação. Servidão seria a mais correta palavra. Que me importa o que falem de nós, o julgamento já foi feito, o tempo vai nos permitir viver tudo isso que planejamos. 

Vou tentar ouvir alguma coisa lá fora, ver algum sinal que venha do fim da estrada, um farol bem claro do carro dela, uma buzina ao longe, quem sabe possa ouvir o vento me trazendo boas novas. Mas parece que a noite o proibiu de vir. Está abafado e quieto, o som do silêncio abafa meus tímpanos, que sensação ruim. Parece que o tempo parou, nada mais existe para alegrar este coração solitário, só as fotos dela no calendário sobre o móvel da sala, junto aos candelabros. Vou permanecer aqui na sala, janela aberta, a fraca luz do luar ainda me faz companhia, menos mal, me cobre os pés protegidos pelos velhos e confortáveis chinelos. Pés que desbravaram muitos caminhos, retiraram muitas pedras, levantaram muita poeira pelas estradas da vida, aqui agora mansos e calmos, cansados e velhos, um pouco inchados, por estarem muito tempo parados. Ainda me levam a lugares lindos que sonhei viver com ela. Aqui é o nosso cantinho aconchegante, nosso ninho de amor repousante. Que mais posso exigir desta vida malvada. 

Que me traga a felicidade merecida, pela qual lutei e quero viver ao lado dela. Amada minha, te espero o tempo que for preciso, nada nos impede de viver este amor com serenidade. Lembre que esta alma te anseia, te quer e deseja, quer te amar e seu corpo onde habita levar ao teu encontro. Venha amor, assim que puder, não importa a hora, o tempo, o dia, o momento será de tua escolha. Venha me amar, me dá teu sopro de vida, me levanta e me leva em teus braços, para viver esta grande amor contigo, meu amor. 

Gerson Araujo Almeida

Nosso eterno sentimento


Dizem-me. 
O inimigo do amor é o tempo 
Desgastam-se, acabam-se as relações. 
Com os meses e anos que passam 
Não é verdade, provamos isso. 

Os dias, as noites vêm. 
As luas e as estações mudam 
Como antes, te amando eu continuo. 
Paixão e desejo, com a mesma intensidade. 
Desde quando te conheci, permanece. 

Na verdade 
Como se o tempo reforçasse, 
Nossos sentimentos a cada dia, eu sinto. 
Como se os laços que nos unem 
Mais estreitos estivessem a cada minuto 

Melhor é que esses laços apertados. 
Não oprimem nossos movimentos nem limitam 
Não nos retiram a liberdade individual 
Pelo contrário, nos dão a sensação exata. 
Do amor a grandiosidade 
Sentimento que permite 
Que se complete no outro 
Sem que você deixe de ser você mesmo 

Eu te amo. 
Cada vez mais e mais a cada dia, 
Porque juntos sei 
Capazes de vencer 
As barreiras todas, seremos. 
Com alegria, as horas. 
Voar sobre as asas do tempo 
Da experiência, sugando os bons ares. 
Que ela proporciona, 
Cada vez mais confiantes tornamo-nos 
Deste sentimento que nos unirá na eternidade 

TE AMO... 
COM TUDO QUE HÁ DE MELHOR EM MIM... 
NEOQEAV... 

De sua amada C...

25 de abr. de 2012

Nosso universo de paixões




Não consigo imaginar-me, sem você por perto.
Mas parece que não saberei viver em outro universo
A não ser no nosso, posso existir.
 Criado por emoções e explosões de sentimentos.
Nosso Big Bang foi a maior explosão de amor
Que algum dia aconteceu a alguém
Foi ele, meu coração que digitou agora.
Nem me pediu permissão

O seu coração, merece muito mais amor,
Do que posso te dar, mas vou tentar.
Alimentar-te de emoção, quebra o galho? Não?
Vou procurar uma fonte eterna de paixão
Deve suprir esta carência, bebe dela e me ama.

Queria estar ai, sentindo tuas emoções,
Cobrindo teu corpo à noite
Agasalhando teu peito, me deitando ao teu lado.
E pela manhã, acordar com teus beijos.
Rolar pela cama relutante
Não me levantar mais.

São somente rascunhos de paixão
Será que virando poema, vai te encantar.
Encanta amor?

Vou copiar e deitar estas palavras aqui
Será que virando poema, amor.
Será que assim vai gostar
Vou reunir tudo, jogar para o alto as palavras.
E ver no que vai dar

Capacidade de amar, já me mostrou
Lentamente, de tuas paixões desfrutei.
Eu vi com meus olhos, tua silhueta
Um universo de pecados. Eu amei!
Saiba que me apaixonei
Amar você não tem mais mistérios

Gerson Araujo Almeida


Não me castigue



Poxa amor, um dia inteirinho sem falar com você.
Eu aguento? Claro que não!
Vai me deixar amanha de castigo de novo?
Anota ai poeta, um dia eu vou te abraçar e dizer, caramba, finalmente!
Te amo.
Sabe amor, é bom morrer de amor e continuar vivendo, (kkk)
Decidi não me preocupar mais com a distância, meu amor é suficientemente grande para suportar.
Amor, quero estar contigo num momento chamado sempre.
Amor, sei que não devo exigir que me amasse como eu te amo, mas posso te prometer te dar motivos para que me ame muito mais do que eu te amo, palavra, prometo.
O amor quando é verdadeiro, não importa a distancia, nem o tempo, ele continua sempre vivo, crescendo, queimando.
Somente uma coisa me faria bem agora. Seria adormecer com a cabeça no seu colo, você me dizendo bobagenzinhas gostosas para eu esquecer a ruindade do mundo.

Da sua amada..., C...

23 de abr. de 2012

Abajur apagado


- Venha! Pode entrar meu amor, estava a tua espera, sabia que ia conseguir chegar, embora a chuva esteja forte. Sabia que não dormiria só esta noite.
- Quero ficar aqui, até o amanhecer meu querido, não teremos problema algum quanto a isso, te amo.

Um trovão ressoa lá fora, o vento faz os respingos de chuva molhar uma parte do tapeta azul da sala. Antes o rosto dela foi iluminado pelo relâmpago que cruzou o céu e atingiu alguma parte do terreno abaixo, foi um estrondo enorme. Ela se assustou e me abraçou forte. Tremia de medo, não precisa ter mais medo, estamos abrigados aqui na nossa casa.
- Não fica assim, não precisa ficar com medo, está em segurança.
- Deixa tirar estas roupas molhadas, tive que dar a volta na casa, a porta dos fundos estava fechada.
- Desculpe amor, esqueci-me de destrancá-la, poderia sair do carro e entrar logo e nem se molharia. A cobertura da garagem é bem ampla. Que bobeira minha.
- Não se preocupe, vou me trocar e colocar a camisola preta que quero te mostrar é bem linda e me fica bem sensual comprei por sua causa, sei que gostará.
- Não vejo a hora de te olhar, bem bela e relaxada, sobre os lençóis macios.
- Hum! Já me deixou disposta amor, me aguarde!

O banheiro no fim do corredor, antes da cozinha ao fundo, tem toalha limpa e seca, o tapete no chão bem espaçoso, poderá se arrumar tranquilamente, e nem pisar no azulejo frio. Um espirro agora seria sinal de resfriado. Já estava preparado para ir para cama, meu leve pijama, me cobre da cintura para baixo, detesto me deitar com a parte de cima, me incomoda, tenho sono movimentado. Na ausência dela ao meu lado, busco posições e me reviro pela noite toda. Quanto menos roupa melhor.

A noite promete se arrastar carregada de luxúria e paixão, a muito não tínhamos uma só noite nossa, para que o amor que sentimos um pelo outro, possa assumir tudo de agora em diante. A noite dos amantes proibidos. Ande logo meu amor, meu corpo te reclama, ele clama por teu calor, pelo teu aroma sedutor. Quero te levar nos braços, te deitar em nossa cama, te amar sem medida, mereço teus carinhos, devo a você meus momentos de loucura que sempre imagino ao seu lado. Poderemos realizar nossos sonhos, nossas formas de nos provar que nos amamos como nunca ousamos. Apareça minha musa, minha encantadora criatura, roubaste meu coração e de ti sou escravo, não quero ser liberto nunca mais.

Lá fora o vento parece raivoso, querendo tudo levar no seu caminho, parece que morre de ciúmes de ti, mas, ele sabe que à protegerei de tudo e de todos, Ele expulsou a Lua, que logo cedo apareceu, mas não resistiu à investida e sumiu. As estrelas desapareceram, ele, o vento raivoso e ciumento, as cobriu com as obedientes nuvens, suas parceiras. Mais um clarão ilumina a sala e tira do ambiente a penumbra. Olho para o quarto e vejo você já deitada, abajur ligado, apenas nossas sombras serão projetadas nas paredes. Os clarões cessaram, os raios da ruidosa tempestade, como por milagre, cessou. Ao menos não seremos incomodados, sei que ficaria assustada.

Aproximo-me da cama, você está deitada de lado, um dos braços embaixo do travesseiro teus lábios cobertos por um batom rosa, nada demais, tua maquiagem bem leve e delicada, mostram um rosto sedutor pelo qual fui atraído e me entreguei sem pensar nas consequências, nem imaginar que pudesse algo dar errado entre nós. Ainda bem meu amor, nossa noite está completa, eu apaixonado estou, você desejosa por meus carinhos, tua negra camisola que quero tirar devagar, deslumbrar tua realeza, te descobrir. Minha Eva, serei seu Adão por toda esta noite, venha para o meu paraíso quero de tua maçã um pedaço, ser condenado, saborear e deleitar-me de teu néctar maduro. Quero ser teu amante. Mostrar-te meu ímpeto e amar você por toda esta noite.

- Apague o abajur, meu amor.

Gerson Araujo Almeida




20 de abr. de 2012

Tua carta de amor


A tarde se foi veio à fria noite, você não veio. Estive ocupando-me, fazendo uma limpeza, jogando papéis velhos fora, revirando as gavetas da escrivaninha, olhando meus rascunhos, poemas ainda por terminar, dedicados a você. Dei uma limpeza na casa, joguei fora jornais velhos, revistas, coisas que não usava mais deixei o guarda-roupas bem mais apresentável. Vem à estação fria, ia te pedir um agasalho, feito por tuas mãos, com linhas de lã, tricô, deve ser o nome certo. Faria um para mim, amor. Não precisa ser especial, já que vai passar por tuas mãos, ele me chegará coberto de carinhos e boas energias, será um passatempo, será o meu abrigo. 

À tempos não leio minhas correspondências, vou até a caixa do correio, deve estar cheia de panfletos, mensagens, cartas, propagandas, que em sua maioria de nada me valem, são simples mensagens. Vou por uma camisa mais quente, a noite já tomou conta de tudo, nem o luar se fez presente, só escuras nuvens, que preenchem o firmamento. Algumas estrelas aventuram-se, mas elas nada podem fazer a não ser se esconderem contra suas vontades. Os grilos enchem o ar de sons e pedidos, buscam suas amadas, vou seguir alguns vaga-lumes, iluminam a estrada até o portão lá em baixo, só posso agradecer tão interferência, são muito úteis agora, nesta noite fria e escura. Um vento mais forte assola as árvores que margeiam a pequena estrada de acesso, que termina bem no fim da pequena colina. 

A caixa de postagens está repleta, muitas porcarias anunciadas, nada que me interesse, nada de urgência até agora, contas, esses sempre não faltam, luz, gás, energia, água, até taxa de incêndio, que fazer, pagar. Vamos ver o que mais, lá no fundo um envelope. Tem o teu nome nele, aqui não vai dar para ler, está escuro, vou subindo a estrada e observo que veio pelo correio. Datada de ontem, o que conterá, não vejo a hora de abrir e me inteirar do conteúdo. Aperto o passo e chego à porta de entrada, abro rapidamente, pego o estilete sobre a mesa da sala, me sento no sofá e rasgo o envelope ansiosamente. Ligo o abajur lateral e posso agora ler o conteúdo que diz: 

“Obrigada por fazer os momentos em que estou com você tão reais! Te amo mais do que tudo nessa vida! E com você, só com você aprendi de verdade o que é amor! Espero nunca perder isso..., pois tudo o que estamos passando só faz eu ter mais certeza de que é você que quero do meu lado para sempre. Hoje posso dizer com toda certeza do mundo! Eu te amo..., e sei que você me ama.” 

Mais uma folha posso ler e nela você declara coisas lindas. Confesso que fiquei emocionado.

“Você é simplesmente o homem da minha vida. Você me faz feliz ate mesmo quando briga comigo, (kkkkk). Foi com você que aprendi a amar é também a ser amada. Que o amor, por mais que esteja longe, nunca deixa de ser amor. Que as pessoas que amam de verdade superam qualquer obstáculo. Que muitas vezes por uma simples “telinha de computador” encontramos a pessoa mais importante da nossa vida. Aprendi que eu sou muito feliz e que nunca mais vou deixar nada nem ninguém estragar a minha felicidade. Porque eu amo você..., que fez eu me sentir a mulher mais feliz do mundo. Só você sabe fazer um pequeno instante se tornar um grande momento e inesquecível. E que este sentimento tome conta de nós para sempre. Te amo, minha vida !NEOQEAV... MEU ADORÁVEL POETA!” 

Parece uma letra de alguma música. Só não sei o autor ou autora.

 “...Quando o amor toca o coração 
Traz um sentimento maior que a paixão 
Basta um olhar, um toque e nada mais 
Pra fazer feliz, como só você me faz 
Deus uniu as nossas vidas de uma vez 
E cada dia é o primeiro outra vez 
Como o primeiro olhar, nada nunca vai mudar 
Não vai mudar, não vai mudar 
Quando o amor toca o coração 
O tempo pára, a vida vira uma canção 
E não há nada melhor do que amar você 
Eu nunca vou te perder 
Foi Deus quem me deu você 
É como poder sonhar 
E nunca acordar...” 

Amo você meu amor.... 

São muitas folhas onde me dizem que me ama de verdade e que nosso amor será para sempre. Que lindo meu amor, que prazer me da te amar. Tuas perguntas que já sei as respostas: 

 “Sabe aquela pessoa que você vê em todos os lugares mesmo sabendo que ela está longe?” 
“Que você nem consegui pegar no sono de tanto pensar nela antes de dormir?” 
“Que todos os dias da semana, mês e ano sem ela são comuns e com ela são os melhores?” 
“Que quando você fecha os olhos vê o rosto dela perfeito?” 
“Que todas as músicas que falam de amor, mesmo as mais bregas você lembra dela?” 
“Que quando falam de amor, você ri, porque você sabe que tem o amor?” 
“Que o tempo fica tão maior sem ela e as horas não passam quando você tá esperando para encontrar ela e que parece que a estrada aumenta fica comprida, a distância aumenta?” 
“Que quando diz "eu amo você" para ela parece não ser o bastante? 
“Então, essa pessoa é você!” 
NEOQEAV. 

Remetente: C..., tua amada.

Gerson Araujo Almeida

17 de abr. de 2012

Seguindo seu desejo


Minhas palavras surgiram do nada
À tempos, venho colocando-as em ordem
Elas sempre me levam por caminhos que se abrem
Fazem-me tropeçar na rudeza da estrada
Torna-me um ser mais amável e cordial
Procuro canalizar estes momentos
Sempre tendo em mente a musa de meus versos, você.

Não posso exigir mais do que tenho
O amor que cultivamos todo este tempo
Que nos tornou apaixonados amantes
Delicados e sensíveis, querendo mais e mais.
Nada nos alimenta o suficiente, nada aplaca.
Esta fome de amor e desejo, parecendo ser.
Loucura e desequilíbrio, quero crer.

Tenho dificuldade às vezes de me exprimir
Sei que palavras, não cabem mais aqui.
Para dizer o quanto amo você, mulher.
Sei que não somos perfeitos
Somos verdadeiramente opostos
Mas, é assim que somos.
Nunca vamos mudar, senão.
Vai parecer uma coisa falsa
Um clichê, um folhetim barato.

Tenho que apaziguar esta paixão
Colocar este fervor, este desejo seu.
Esta luxúria, que nos acomete.
Faz-nos dizer palavras desconexas
Saímos e entramos por janelas e portas
Batemos as mesmas tantas vezes
Ruidosamente, acaloradamente

Mas, meu amor.
Sei o que se passa
Às vezes sinto e compartilho
Não podemos mudar nada
Pelos menos por hora
Ao menos vamos tentar viver
Um longe do outro, por enquanto.

Será pedir demais
Não poderá evitar o clamor de teu corpo
A paixão que te devora
A dor de um coração apaixonado
O meu também sofre
Não é privilégio seu
Amar na distância
Querer beber na tua fonte
Estar ao teu lado e dizer
Eu te amo mesmo assim
Com todos os nossos defeitos
Nossas virtudes e secretas paixões
Nada vai mudar este cenário
Vamos esperar o tempo passar
Quem melhor conselheiro que ele

Canto ao vento
Leva minhas palavras até você
Eternizo nos rascunhos meus desejos
Uma paixão avassaladora que me dói
Sei que não é o suficiente para nós
Amar você tem que ser e é eternamente

Gerson Araujo Almeida

15 de abr. de 2012

Venha jantar comigo

laurianecantinhodasartes.blogspot.com/Divulgação.

Dia atarefado, limpei todo o gramado em volta da casa, retirei a ervas daninhas, que insistiam em predominar. Aparei a grama, molhei as flores dos canteiros em volta da casa. Adubei a horta no fundo do terreno. Couves e repolhos, alfaces e bertalhas, sempre as quis cultivar. Rendem uma boa economia e fazem bem no almoço e jantar. Precisa comer mais verduras meu amor, preocupa-me tua saúde. Já não somos tão jovens como antes, quando abusávamos de tudo. Das noites mal dormidas, dos dias desperdiçados e mal vividos. Corri muitos riscos pelas estradas, andei como uma "bala" para engordar os bolsos alheios, enriquecer o patrão que nem hora extra me pagava. Hoje posso dizer, não sou rico mas, tenho quem me ama muito, me dedica seus minutos de folga. Sempre arruma um tempo e me chama. Me desperta logo cedo, me abraça apertado me beija com prazer, se deita em minha cama, corre riscos bem sei, mas o que não se faz por amor.

Nossa casa sempre vai estar aberta para você, deixei uma cópia da chave, embaixo do vaso da entrada do lado direito, aquela roseira que plantou nele já está enorme, logo vou ter que tirar e plantar no canteiro do lado direito da entrada. Cuidado com os degraus, são apenas três, não quero que tropece num deles, forrei com uma lixa bem áspera de número 60, recomendação do rapaz da loja, lixa de ferro é bem melhor. Coloquei uma lâmpada na varanda frontal, é a gás, mais econômica, ilumina uma ampla área à frente, logo que chegar ao portão, aciona com teu controle, ela vai se abrir, e poderá entrar sem do carro sair. Não quero que te vejam aqui, embora seja deserto, sempre tem um curioso que pode nos comprometer. Suba e estaciona nos fundos, fiz uma cobertura, põe o carro lá. Se quiser, entra pelos fundos, sempre estou na cozinha, verei você chegando, te receberei com um longo beijo um apertado abraço, o jantar já estará quase pronto, pode me ajudar a terminar, já encontrará a mesa posta os talheres em ordem, os copos o suco.

Sempre me imaginei aqui, ao teu lado em nossa casa, construída de sonhos e dedicação quantas dificuldades passamos para realizar este desejo que cultivamos por anos. Que enfim se tornou realidade. Venha meu amor, não se atrase, te espero com ansiedade, passei o dia ocupado e quero ter você como recompensa pelo empenho que tenho em tornar isto tudo realidade. Não importa os perigos, somos fortes o bastante e vamos ter nossa noite de amor. Quero te amar por toda noite, me levar na sutileza de nossos desejos, sentir toda a paixão em te ter comigo. Deixar que a volúpia nos assuma e nos mostre como é doce amar você.

Ouço o portão se abrir, deve ser ela, pontual como sempre, saciarei seu apetite, de amor vou supri-la, acalentar seu coração. Vou acender os candelabros, jantaremos a luz de velas, lá fora o luar lhe mostrará o caminho, coisa que já sabe de cor. O som já está ligado lá na sala, musica lenta que ela gosta, bem baixinho.

Gerson Araujo Almeida

11 de abr. de 2012

O fraco som do despertador


Acordei ao som do despertador, ao toque eletrônico, um pouco baixo mas deu para ouvir e me fazer levantar. Nenhuma mensagem sua gravada no celular, apenas as antigas. Joguei-me novamente na cama, me espalhei em meio às cobertas ainda quentes e desarrumadas, travesseiros soltos. Uso sempre dois travesseiros, um ao meu lado para assim imaginar que você está aqui deitada. Travesseiro companheiro consola-me pela noite solitária, você não pôde vir, estava ocupada, tinha outras coisas, não que não fossem importantes, para fazer. Sei que é o nosso futuro em andamento, já me falou sobre isso. Eu não posso, não devo, não quero reclamar contigo, é apenas o coração do poeta que não se conforma ficar sem você. Como tudo em nós é pura emoção, carinho e devoção, sentimentos que cultivamos ao longo destes anos. Só alegrias me deste e sei que cuidará desse nosso amor tão simples, que por vezes se sente distante. Mas o que é a distância para quem ama. Apenas um muro que se salta com facilidade. Sempre achamos um jeito para amar e nos ver, nos transportar ao nosso espaço por nós reservado. Nossos sonhos sincronizados por vezes amenizam as noites em nossas camas.

Tenho que me levantar ficar aqui deitado o dia inteiro só me fará mal. Nossas rosas lá fora, precisam de cuidados, assim como me preocupo com você, no seu trabalho, na sua vida diária. Fico danado quando não tenho notícias suas, não me exclua de nada na sua vida. Preocupo-me de verdade. Não posso ligar para tua casa, podem atender rastrear meu número, descobrir nosso segredo tão bem guardado até agora. Vamos velho corpo cansado, levanta, toma uma atitude, seja forte a coragem sempre residiu em você, não me decepcione. Vá varrer o chão, arrumar esta cama que mais parece uma arena. Como me mecho na cama, parece que estou em um barco na tempestade. Fazer meu café, comer meu pão fresquinho com margarina, manteiga tem muita gordura, não me cai bem. O velho queijinho branco que adoro, desde menino o provo. Calçar meus velhos chinelos macios e obedientes que me protegem os pés. Um agasalho mais forte, lá fora está nublado com ameaça de chuvas leves, foi o que disse a menina do tempo ontem no noticiário.

Ao abrir as janelas, renovando o ar pesado da casa, recebo uma fraca luz do Sol que tenta vencer as nuvens que resolveram o ocultar, parecem mais fortes que o de costume, não querem que ele fale comigo. Três degraus me saparam da macia grama bem verde, coberta pelo orvalho da noite passada, sinto a unidade nos pés. Pego regador e encho de água até em cima, uns bons dez litros de cada vez, elas, as rosas agradecem, noto que se abrem os botões bem devagar junto aos raios fracos do Sol que teimosamente lutam para lhes alimentar de radiosa vida. Quase as ouço cantar, ou melhor, parecem repetir teu nome, sim parecem dizer:
- Onde está ela poeta! Cadê a dona deste jardim? Não veio ontem à noite enquanto dormíamos, não apareceu pela manhã como de costume, ou foi você que dormiu demais?

Acho que fui preguiçoso ou ouvi tarde o despertador, será que mandou mensagem, depois vou olhar nos arquivos no celular, por hora cuidarei delas, plantadas pela mulher de minha vida, de minha esperança de um futuro diferente, uma vida de amor e paz, que almejo sermos capazes de viver e sentir e de juntos estas rosas e muitas outras, plantadas ao redor de nossa futura casa, plantar. 

O sol veio me falar que já vai se retirar.

Gerson Araujo Almeida



8 de abr. de 2012

Resistirei até amanhã


Sentir é o nosso segredo
Cada movimento desperta novas sensações
Deixar a pele enrugada como se fosse de frio.
Encher a alma de prazer e emoções
Povoam nossa mente tais visões
Faz-nos relaxar e implorar, querer mais.

Somos capazes de tais proezas
E sempre teremos a certeza
Que seremos sempre felizes
Nada de mal fazemos em nossos instantes
Nem hoje ou amanhã, nem antes.
Temos a certeza que o amor impera
Na distante viagem nos leva
Na qual, dois corpos se falam.
Pedem-se, unem-se e se completam.

Como posso viver sem isso
Levar minha vida em meio ao suplício
Eu e você na nossa casa de sonhos
Ultraje, volúpia, loucura
Sabemos que isso vai acontecer
Antes que nossos Sóis se apaguem.

Merecemos nossas paixões
Emplorar ao destino, ele nos casou
Uniu dois apaixonados

Amaremos sem culpa
Manteremos esta união para sempre
Onde quer que vamos, em nós pensamos
Resistiremos até amanhã, pela manhã.

Gerson Araujo Almeida

6 de abr. de 2012

Tuas mensagens quero novamente ler


"- Quero alguém que me enlouqueça mesmo, me tire da rotina, consiga apimentar minha tarde de segunda, me surpreenda, me prenda e não solte mais, que me faça perder o juízo – 20:07 hs."
" - Quero que me faça perder o rumo, me faça colocar sal no café, sabe como é? Eu te amo minha loucura, minha vida. – 20:10 hs."
" - Estou sem sono, uma vontade louca de ter você do meu lado, vem me abraçar, me cuidar, me amar, te preciso, NEOQEAV – 00:04 hs."
" - Queria estar agora ao seu lado, sentir teu carinho, dormir embalada ao som da tua voz, viver a realidade como se fossa um sonho. – 00:23 hs."

Tua agonia por amor, bem reflete a angústia que vivemos, mostra o quanto precisamos um do outro, dos carinhos que já experimentamos, das palavras que sempre trocamos, através das mídias que usamos. Nada se compara ao toque carnal, o sentimento que sabemos ser real, o amor que se sente por uma pessoa pela qual desejamos estar ao lado. Vivenciar tudo isso é o que mais quero, imploro que meu destino seja ao teu lado, quem poderá me ouvir lá em cima se é que tem alguém que me escuta.

Poderei vivenciar esta experiência única, saberei te dar as alegrias que precisas para continuar a viver em paz. Serei capaz de sentir todo o fulgor de teus abraços, o teu calor que vem de dentro, o pulsar de teu coração tão amado e desejado por mim. Merecerei mais do que posso te ofertar, este pobre poeta que desabrochou tarde, que já teve uma vida de rotinas e compromissos, que nunca teve uma mulher que pudesse despertar tais emoções e sentimentos inusitados, acalorados sentidos na pele enrugada pelos anos de luta?

Arrepia meu corpo, me deixa prostrado, alimenta minha paixão me supre de beijos, de carinhos de teus desejos. Quero provar todos e me suprir, me sentir saciado, com o corpo todo molhado de suor e lágrimas da emoção que vamos viver. E depois, te deixar deitada, tuas roupas espalhadas pelo chão do nosso quarto, a penumbra te cobrindo, revelando tuas formas, curvas onde escorrego meu corpo, minhas ávidas mãos, te proporcionar sensações que nunca sentiu antes ao lado do outro, que te prometeu amar.

Vou preparar nosso chá, a noite fria que se vá, quero ficar aqui a te observar, acreditar que tudo isso foi possível, por que acreditamos em nós, sabíamos que éramos capazes de viver este amor sem igual. Tinha a certeza que nosso sonho iria se realizar. Dorme sossegada minha amada velarei teu sono repousante, a mesa já está posta, o candelabro já aceso, a Lua já desponta no horizonte, sua luz atravessa nossa sala, as estrelas, suas companheiras, guardam nosso segredo. Não tenha mais medo. Pôde-se vir até aqui é porque está segura, nada de mal vou deixar te acontecer.

Vou novamente tuas mensagens, ler.

Gerson Araujo Almeida

2 de abr. de 2012

Sol e Lua, ainda não podemos viver juntos

paulorogeriodamotta.blogspot.com/Divulgação.

Lá fora o vento já sopra mais forte, o Sol aquece menos a terra por onde lança seus raios. As sombras se mostram mais proeminentes, o silêncio se tornou meu companheiro, um amigo das horas solitárias. Você me imagina o mais cortejado, aquele que se posta à beira da estrada, em busca de emoções baratas e inconsequentes. Engano seu amor. O que mais preciso te dizer, para parar com tuas dúvidas. Teus ciúmes de adolescente, mas parecem de uma jovem imatura, que não acredita no amor que balança este pobre coração do poeta. Que se entregou de corpo e alma e necessita de seus carinhos, dos teus afagos, dos desejos que me confessa, na penumbra de nosso quarto, na nossa cama, a tua imagem de mulher madura e bela, onde a beleza se instalou e nunca mais vai embora, fica gravado o tempo todo.

Povoa meus sonhos, abriga-me em teu seio, se ainda mereço, quero sempre estar em teus pensamentos, compartilhar teu destino. Morar contigo na nossa casa dos sonhos. No alto da colina, rodeado pelas rosas que plantou em volta de nossa morada. Passar as noites deitado em teu colo, recebendo teus carinhos e tua proteção. Poder te amar com toda minha paixão, sentir a luxúria de teus beijos, saber que tens em mim teu amado, amante que quer te roubar e te trazer para o meu lado, te fazer minha mulher. Tirar tua negra camisola, te revelar.

Lá fora se ouvem os grilos, entre a grama do quinta, o vento sopra bem mancinho anunciando o frio que chega com a noite quieta. O céu iluminado pela Lua decorado, lança sua luz de prata, algumas nuvens no horizonte, mostram ainda os reflexos do Sol que foi repousar como eu não pode ter a Lua ao seu lado. Como você ainda, não pode viver ao meu.

Vou me recolher mais cedo, amanhã ao raiar do dia, tenho compromissos a cumprir, deixarei o celular ligado, como hoje fiz, quero ouvir tua voz novamente, dizendo que me ama demais, que quer a minha paz o meu amor, que nunca me esquecerá, jamais.

Gerson Araujo Almeida