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12 de mai. de 2012

Mãe...


Mãe...
O que posso dizer sobre ela
Era companheira e me amava
Ao jeito dela, sem muita demonstração.
Pelo menos é o que me lembro
Pois só me chamava à atenção

Sempre que armava uma travessura
Parece que ela adivinhava
E nos meus calcanhares sempre estava
Com seu olhar penetrante, reprovador.
Desconcertava-me totalmente

Mãe...
Quando você se foi, eu estava longe de ti
Não por que eu queria, foi à vida que provocou.
Esta vida malvada que às vezes nos separa
De quem amamos muito
Só sinto a saudade que deixou em meu peito

Sei que um dia vou te encontrar
Na hora certa vai estar lá para me buscar
Mostrar-me o caminho iluminado
E serei guiado por suas mãos
Eu vou sem reclamar, te juro.

Mãe...
Minhas lembranças nunca se apagaram
Sempre estará em meus pensamentos
Que pena que não pude desfrutar tanto de ti
Sempre preocupado com a vida
Com o trabalho árduo
O ganho de meu sustento

Sempre me aconselhando
Cuidado com falsos amigos
Nunca fugir das regras, trilhar caminhos retos.
Nada que pudesse me envergonhar

Mãe...
Segui o seu conselho
Meu filho é meu maior tesouro
Ele seguiu meus passos
Tornou-se o neto que desejava
Sei que está ai, olhando para baixo.
Ele é a minha cara

Mãe...
Fica em paz
Que saudade você me trás

Gerson Araujo Almeida

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