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21 de jan. de 2011

Nossa imperfeita morada

Somos feitos de carne
De ossos, onde habita uma alma.
Somos a alma que nele mora
Neste corpo imperfeito
Embora às vezes, bonito e delicado.
Meche com nossa libido
Altera o nosso juízo
Faz-nos desejar.

Somos transparentes
Nossa alma sobressai
Vai além de nosso corpo
Suplanta o indigesto corpo
Que se corrói e deteriora-se.

O amor se destaca
Quando ama quem nele habita.
Esconde-se atrás destas carnes
Alinhadas, definidas, belas expressões.
A imagem que nos atrai...

Pena que não será eterna
Imagem bela desta terrena
Que amamos, adoramos.
Que se vai, aos poucos.
Pelos anos maltratados.
Ferida, invadida, machucada.
Mulher amada...

Somos amantes surreais
Nada de pele, nada de toque.
Almas que se desejam simplesmente
Pelo prazer de se sentirem próximas
Por comungar suas parcerias.
Seus corpos se vão.
Irão embora, virará pó.
Do amor ficará eterna lembrança.
Ao infinito irão levar
Outra vida compartilhar
E de novo, amar.

Gerson A Almeida

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